A vida da humanidade está em primeiro lugar e a sua preservação deve ser prioritária
por Lívio Giosa
Reproduzimos a íntegra do artigo veiculado no jornal O Estado de São Paulo, coluna Secovi, dia 10/02/2021.
O mundo vive hoje um estágio absoluto de reflexão.
O impacto da Covid-19 trouxe, em todas as nações, um repensar na vida, nos negócios, nas relações políticas, nas conexões interpessoais.
Em nenhum período da história universal este momento foi vivido por todos e em todos os países, simultaneamente.
Além disto, somou-se à percepção que a vida da humanidade está em primeiro lugar e a sua preservação deve ser prioritária.
À luz dos impactos da saúde, o que mais chamou a atenção também foram os impactos das mudanças climáticas.
O tema ficou relevante na mídia, com imagens que perduraram meses com incêndios, deslocamento de geleiras e chuvas torrenciais em várias regiões do mundo.
Chamada a atenção pelos principais dirigentes dos países, o tema alcançou espaço em toda a imprensa e trouxe à tona a necessidade de decisões estratégicas, seja pela ação pública ou pela iniciativa privada.
Esta situação temática de destaque teve início na abertura do Fórum Econômico Mundial, em janeiro de 2020, quando o seu fundador Klaus Schwab, em Davos, na Suíça, instou a sociedade produtiva a plantar um trilhão de árvores!
A agenda mundial começa a dar destaque ao tema de forma exponencial e a dita sociedade 5.0 emana a inspirar-se em propostas de qualidade de vida, inclusão com impacto social e sustentabilidade.
Surge assim, sob à égide destas iniciativas, a percepção clara que é preciso tomar atitudes imediatas que evidenciem a redução dos impactos das mudanças climáticas.
Cidadãos, profissionais, empresas, ONGS e setor público devem se unir numa frente concreta de ações transformadoras.
No âmbito das organizações institucionais e do mercado como um todo, entender e praticar ESG começa a tomar plena relevância.
Avaliar os impactos do Meio Ambiente (Environmental), da equidade social (Social) e da Governança Corporativa (Governance) são as bases principais para uma “virada de mesa” na percepção da humanidade para o enfrentamento das questões climáticas.
As vertentes de percepção do mercado são evidentes, ampliando-se com a criação de Fundos Verdes, financiamentos com juros diferenciados e valorização das ações nas Bolsas de Valores mundiais, refletindo as práticas das organizações por meio dos indicadores ESG.
O Movimento Reformar para Mudar, formado por 33 entidades empresariais conscientes dessas atitudes ‘pró positivas’, sai à frente e encara sua nova missão transformadora.
Reforça seus modelos de governança baseadas no desenvolvimento econômico, na responsabilidade social e no equilíbrio ambiental.
Forjam-se novos processos, constroem-se novos modelos de atuação, refaz-se a consciência comportamental para boas práticas.
Assim, o Movimento se une e estabelece um cardápio de atuação que consiste em melhorar seu sistema de Governança e aplicar três programas de impacto: o Programa Município Sustentável; o Projeto Bosques Urbanos; e o Programa de Reforço Educacional para a formação em Engenharia.
As entidades que integram o movimento Reformar para Mudar querem fazer deste Programa de Boas Práticas um marco de exemplaridade e deixar um legado para as próximas gerações.
Compõem, assim, sua nova plataforma de interação com o mercado, relevando seus atributos junto à sociedade e consagrando o Modelo ESG de Gestão: novas atitudes e novas oportunidades de negócios comprometidos com a Sustentabilidade.
*Coordenador-geral do IRES (Instituto ADVB de Responsabilidade Socioambiental) e integrante do Movimento Reformar para Mudar
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