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Artigo – O Desenvolvimento Brasileiro e a Questão Energética

 

A ADVB® – Associação dos Dirigentes de Venda e Marketing do Brasil – realizou mais um evento da série “FORUM DE TEMAS NACIONAIS-2012”, desta feita com o tema “Desenvolvimento Brasileiro e a Questão Energética”, desenvolvido em profícua palestra do Secretário José Aníbal, que comanda a Secretaria de Energia do Estado de São Paulo.

Este fórum contou com a presença de mais de 100 dirigentes empresariais, conselheiros e diretores da entidade, representantes do setor público e do terceiro setor.

O debate estabelecido ressaltou a importância da questão energética e a necessidade de abordagens mais realistas, embasadas no que ocorre em âmbito nacional.

A direção da Associação reforça a importância das iniciativas do setor público, em suas várias esferas, no sentido de mitigar impostos que tanto oneram os setores produtivos e, em ultima análise, toda a sociedade. Esta é uma das bandeiras da ADVB®, que como entidade suprapartidária e sem fins lucrativos, de representação de empresas e dirigentes dos mais variados setores, está presente há 56 anos no cenário nacional.

A discussão atual, sobre os royalties do petróleo e a queda de braço com as geradoras de energia elétrica, olvida as indefinições e ineficiências da atual matriz energética (petróleo, gás, energias alternativas, etc.) e sua condução pelos órgãos reguladores. O setor energético está intimamente vinculado ao desenvolvimento e à inovação, portanto, à melhoria permanente da competitividade do país.

Trata-se, pois, de área sensível cuja gestão deve levar em conta as peculiaridades do federalismo brasileiro (que não são poucas), a segurança jurídica (dispositivos regulamentares e contratos legalmente firmados) e os investimentos já realizados.

A ADVB®, buscando ampliar o debate, certamente promoverá mais encontros com esta temática.

Por fim, a ADVB® respeita e ressalta a legítima defesa apresentada pelo Governo do Estado de São Paulo sobre os royalties do petróleo, conforme nota (abaixo) distribuída aos participantes do Fórum.

 

Latif Abrão Jr.

Presidente da Diretoria Executiva

Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil – ADVB®

São Paulo, 20 de dezembro de 2012

 

 

 

“Estimado Deputado/Senador,

O Congresso Nacional deve se manifestar, ainda nesta semana, sobre o veto da Presidente da República ao dispositivo aprovado pelo Parlamento quanto à distribuição dos royalties e participações especiais a partir de 2013. Esta mudança incide sobre a exploração de petróleo já existente e, portanto, modifica regras que foram definidas anteriormente. De forma sucinta, trago à sua elevada consideração o impacto desta mudança para o nosso Estado de São Paulo.

Neste ano de 2012, até o mês de novembro, as receitas dos municípios de São Paulo, confrontantes e com instalações relativas à exploração de petróleo (102 municípios no total), foram de R$ 417.139.828,29. No mesmo período, a receita do Estado de São Paulo foi de R$ 76.328.542,65. A receita total de Estado e Municípios é, portanto, de R$ 493.468.370,94, com expectativa de chegar a R$ 540.000.000,00 até o final do ano. A partir do ano que vem, a extração de petróleo na bacia de Santos/São Paulo terá expressivo crescimento, podendo chegar em 2020 a mais de 800 mil barris/dia.

A Nota Técnica em anexo traz projeções para 2020 das receitas dos royalties e participações especiais (Estado e Municípios) com a regra atual, que o veto da Presidente recupera, e também da proposta Vital do Rêgo, que prevalecerá caso o veto seja derrubado. A perda para São Paulo com a derrubada do veto varia de R$ 4 bilhões a R$ 5,2 bilhões de reais no período. Considerando as demandas em áreas como saúde, educação, saneamento, habitação, infraestrutura/logística, que o incremento da exploração de petróleo na bacia de Santos acarretará, trata-se de uma perda que vai impactar a receita corrente líquida e os investimentos do Estado de modo geral.

Compartilho do sentimento de justiça dos parlamentares ao desejarem uma distribuição mais equitativa dos ganhos decorrentes da intensificação da extração de petróleo no Brasil. Mas quero deixar patente que São Paulo não pode concordar com a mudança da regra para o que já foi licitado. Nas novas licitações, novo regramento. Quanto ao regramento atual, fundamental manter como está.

Espero contar com seu voto para que o Pré-sal em São Paulo seja uma fonte adicional de renda, aumentando os fornecimentos e a competitividade da indústria paulista e, principalmente, a qualidade de vida da nossa gente.

Cordialmente,

 

Geraldo Alckmin

Governador do Estado de São Paulo”

 

19/12/12 - FTN com Secretário de Energia José Anibal

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