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As Novas Competências em Venda e Marketing no mundo do Comercio Eletrônico e os Valores que devem ser preservados

Por Herberto Yamamuro

Hoje estamos vivendo no pais, em especial na Região Sul e Sudeste um crescimento exponencial do chamado “Comercio Eletrônico” podemos reconhecer alguns dos fatores que impulsionaram tal habito; a difusão dos meios digitais e uma população com hábitos frequentes adquiridos em visitas e contatos com os países conectados digitalmente, a difusão das mídias sociais com apelo muito forte ao consumismo e propagandas inseridas nos conteúdos, o avanço dos meios eletrônicos para transações financeiras com grau de confiabilidade aceitáveis, a pandemia que forcou a desenvolver novos hábitos reforçando o sedentarismo, a cultura de priorizar transações mais curtas e objetivas com desapego ao dialogo presencial e a cultura da nova geração de consumidores mais centrados em si em relação a valorizar a qualidade  do relacionamento humano.

Seja estas ou outros os fatores os fatos mostram esta tendencia quase que sem volta representado nas figuras ilustrativas abaixo:

Há diferenças de utilização dos meios eletrônicos para o comercio onde a região Sul e Sudeste já ultrapassam 2 dígitos sendo que neste primeiro atingiu a maioria das transações. Esta disparidade coincide com o grau de desenvolvimento econômico, internacionalização da cultura, avanço dos meios digitais e avanço da cultura de consumo digital entre as regiões.

A Figura abaixo mostra a inflexão causada pela Pandemia em 2020, de lá os hábitos nunca irão regressar aos padrões do passado.

Do mercado total de 13,1% que o Comercio desempenhou em 2020 no PIB do pais, ou próximo a 1170 BiR$, o E-Commerce ocupava em 2020 cerca de 39 BiR$ ou seja próximo a 3,5% já em 2023 atingiu 186 BiR$ ou seja próximo a 16%, mas com tendencias de alta exponencial devendo atingir próximo a 40% em 2030.  Os números são impressionantes por se tratando de transações voltadas a B2C e de Tickets baixos.

 

A Figura abaixo ilustra a proporção em B2C das transações feitas por PDV – Ponto de Venda comparado as transações sem a participação humana para comercio.

Aqui já considerando B2B.

Entrando na temática, considerando uma tendencia sem volta quais as características que ainda demandam atenção e desafios nesta nova forma de realizar transações comerciais, que são vários, mas podemos destacar relacionados a Comercio e Marketing:

  1. Qualidade da Transação e Real Necessidade desta: A propaganda e venda através dos sites eletrônicos em especial as Mídias Sociais  em muitas vezes assume postura invasiva , invadindo privacidades e momentos de entretenimento e forcando chamar a atenção em produtos ou serviços muitas vezes não necessários para a sua vida. E como um vendedor que bate a sua porta, adentra a sua casa para oferecer produtos em horários inconvenientes.
  2. O uso indevido de reconhecimento de padrões não autorizados das ferramentas digitais permite repetir ou insistir em tentar vender produtos similares pelo simples fato de ter feito uma consulta pela Internet.
  3. Possibilidades de estar acessando vendedores ou lojas sem controle de qualidade aumentando o risco de estar em mãos de agiotas ou lojas com ofertas de baixa qualidade sem que as autoridades possam fiscalizar adequadamente.
  4. O risco de esvaziar os recursos de maior qualidade pessoal de estabelecimentos em especial a serviços utilitários e de lazer como Hotéis e Centros de Recreação por monopólio de sites de reserva e venda, que muitas vezes oferecem condições comerciais abaixo as permitidas pelo próprio estabelecimento, mostrando uma intervenção indevida no processo de preço vis a vis a qualidade da oferta, forçando cada vez serviços de menor qualidade em detrimento ao preço.
  5. Destruição da cadeia de relacionamento entre o consumidor, vendedor e o ofertante de bens ou serviços através de protocolos padrões digitalizados que os sites digitais obrigam causando uma forte erosão na qualidade da transação, descontentamento do cliente e do ofertante. Este fenômeno e característico nos serviços de utilidade como telefone, agua, gás, energia elétrica e mais contundente nas instituições financeiras.

Para concluir, quais os valores ao meu ver pela qual a Sociedade deveria buscar preservar para um desenvolvimento saudável e sustentável do Comércio e Marketing:

  1. Movimento no sentido que as Leis do Comercio e suas regulamentações sejam respeitadas nas transações que envolvem meios eletrônicos.
  2. Por um critério ou outro, hajam iniciativas de classificação isentas destes agentes de comercio e marketing digital de forma que o consumidor tenha maior segurança e qualidade no momento das transações, pois, o depoimento dos próprios sites muitas vezes recaem em visões com interesse  próprio.
  3. Desenvolver campanhas de valorização do profissional de venda e marketing de forma a não passarem a serem escravos dos processos digitais, com novo conceito do sindicalismo a busca da salvaguarda do profissional.

Tudo passa por buscar desenvolver  sensos críticos nos consumidores e  da sua importância na cadeia de consumo saudável e sustentável onde o profissional do Comercio e Marketing desempenha um papel importante para a sociedade. Um capitulo da Nova Governança adequado a época Digital deve ser uma agenda da nova sociedade, mas este tema fica para próxima oportunidade.

 

Herberto Yamamuro – presidente do

 

 

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