Dirigentes de vendas e marketing mantêm ligeiro otimismo mesmo com percepção de piora da economia brasileira
A Sondagem de Confiança e Expectativa dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil é conduzida trimestralmente pela ADVB com apoio técnico da Fipe, tendo por objetivo acompanhar a percepção de ocupantes de cargos de vendas e marketing com respeito ao desempenho da economia brasileira, dos setores em que atuam e das empresas em que trabalham, bem como as expectativas em relação para os próximos 12 meses. De forma complementar, a sondagem inclui um levantamento das expectativas de dirigentes e ocupantes de cargos das áreas supracitadas quanto à evolução do faturamento e da verba à disposição para a ações e planejamento de marketing no futuro próximo.
- Amostra da sondagem: foram convidados a participar indivíduos em posições de liderança nas áreas de vendas e marketing, além de ocupantes de outros cargos relevantes de empresas, entidades e instituições. Com referência ao 1º trimestre de 2023, a 21ª rodada da sondagem contou com 447 respondentes entre os dias 10 de abril e 08 de maio de 2023.
- Perfil dos respondentes e empresas: em termos de perfil sociodemográfico, 73,9% dos respondentes se autodeclararam do gênero masculino e 76,6% apresentavam 45 anos ou mais de idade. Geograficamente, predominavam na amostra respondentes de empresas sediadas em São Paulo (47,9%), Paraná (25,7%), Pernambuco (10,4%), Rio Grande do Sul (4,2%), Minas Gerais (3,3%), Santa Catarina (1,6%), Bahia (1,3%), Distrito Federal (1,3%), entre outras unidades da federação. Em relação à posição, a maior parte dos respondentes da última amostra ocupava cargos de destaque nas hierarquias das respectivas empresas, incluindo os seguintes: presidência; direção e direção geral de vendas, gerência de marketing e vendas, gerência comercial, superintendência de marketing, direção de planejamento estratégico; entre outras posições relacionadas às áreas de interesse da sondagem. No tocante à classificação setorial, as empresas dos respondentes se distribuíram entre atividades atuantes em comércio e serviços (85,3%), indústria (11,7%) e agronegócio (2,9%). Finalmente, em termos de porte (número de funcionários), uma parcela representativa dos respondentes (39,4%) integrava empresas de pequeno porte (com até 9 funcionários); 32,2% dos respondentes trabalhavam em empresas de médio porte (entre 10 e 99 funcionários); e 26,7% declararam estar vinculados a empresas de grande porte (com 100 ou mais funcionários).
- Confiança e expectativa: em comparação aos registros anteriores da sondagem, os resultados do 1º trimestre de 2023 indicaram nova rodada de deterioração das condições econômicas. Essa piora na confiança, conforme revelado pelos respondentes, concentrou-se na avaliação oferecida para a economia brasileira (isto é, para o ambiente macroinstitucional), enquanto a percepção atribuída às demais dimensões (empresas/negócios e os respectivos setores) não indicou mudanças significativas. No plano das expectativas, por outro lado, a sondagem revelou uma discreta recuperação nem todas as dimensões analisadas, com destaque para o maior otimismo em relação ao futuro dos negócios, empresas e setores em que os respondentes estão inseridos. O resultado significou também uma interrupção de trajetória de piora das expectativas iniciada no 1º trimestre de 2022.
- Expectativa dos dirigentes em relação às vendas e verba de marketing: a deterioração observada nos indicadores de confiança e expectativa se estendeu às projeções dos respondentes para o valor das vendas e da verba disponível para de ações de marketing nos próximos 12 meses. Especificamente, com relação ao desempenho esperado do faturamento de suas respectivas empresas, 68,8% dos respondentes do 1º trimestre de 2023 apostavam em crescimento (eram 64,8%, no trimestre anterior), superando em representatividade aqueles que esperavam queda (11,6%, ante 18,5% no trimestre anterior) ou manutenção (19,6%, ante 16,7% no trimestre anterior) no valor das vendas. Já em relação à verba disponível para ações e planejamento de marketing no mesmo intervalo, a expectativa média dos respondentes no 1º trimestre de 2023 também se provou menos otimista, distribuindo-se entre: aumento, para 50,2% da amostra (no trimestre anterior, 44,1%); estabilidade, para 32,2% (eram 32,8%); e queda, para os 17,6% restantes (antes, 23,1%).