Até meados dos anos 30, início da revolução industrial no Brasil, o papel da mulher na sociedade era ser dona de casa: esposa e mãe. O aumento da necessidade de mão de obra nas fábricas abriu espaço para as mulheres ingressarem no mercado de trabalho e elas não desperdiçaram a oportunidade de lutar pelo direito de terem voz. Soltaram gritos antes calados e gradativamente conseguiram conquistar seu lugar ao sol.
São muitas as mulheres que no passado lutaram por nossos direitos e graças a essas mulheres, de gerações que vieram antes das atuais, nos tornamos protagonistas de nossas próprias histórias e hoje podemos ser o que quisermos. Podemos ingressar nas mais variadas profissões, desde as predominantemente femininas até as predominantemente masculinas, sem pretensão de exaurir a lista, tais como: astronauta, piloto de avião, jogadora e juíza de futebol, bombeiro, policial, oficial do exército, contadora, auditora, etc.
Sem sombras de dúvida, um dos nossos maiores aliados é o conhecimento, que nos permite quebrar barreiras. Quanto mais conhecimento adquirimos, mais capacitadas e competentes nos tornamos, sem perdermos a sensibilidade inata da natureza feminina, própria de mãe, filha, esposa, amiga, enfim de mulher. Sim, porque além de nossas formações profissionais, a maioria de nós continua sendo “do lar”. E isso não é demérito. Afinal de contas é no lar que geramos vida, que educamos, que acolhemos, que cuidamos e somos cuidadas.
Ganhar o mundo é maravilhoso, mas o privilégio de voltar para um lar, onde haja alguém que nos espere é melhor ainda.
Portando meus votos a todas as mulheres nesse dia 08 de março é que possamos conquistar o mundo, sem que precisemos deixar de lado nossa essência de sermos simplesmente “mulher”.
Jucléia Gonçalves Rodrigues – Vice-presidente da ADVB; Sócia Diretora Russell Bedford-SP; Bacharel em Ciências Contábeis; MBA em Contabilidade e Direito Tributário e Auditora Independente com certificação CNAI, CVM e BCB.
