Ganhando um limão e um peixe, o que você faria com o limão?
Se o primeiro lampejo foi “temperar o peixe”, quem sinalizou foi seu cérebro lógico; se foi qualquer outra resposta que excluiu o peixe, sua mente criativa deu o tom.
Em vendas e em todas as artes de interação e influência precisamos dessas duas aptidões complementares. A lógica conta, mede e quantifica as metas e a criatividade resolve os problemas que a vida competitiva cria.
Avanços recentes da neurociência têm evidenciado novas a criativas formas de entender e desenvolver o potencial humano, inclusive essa praia dos hemisférios cerebrais. Também ratificam o que todo mundo sabe ou intui: ainda estamos muito no começo, o caminho é muito longo e também muito estimulante. O que você acha?
A neurociência tem muitas contribuições para o aprendizado e desenvolvimento das artes e técnicas de venda, mas devemos limitar o deslumbramento e a mitificação. Novidades oxigenam pessoas, áreas de conhecimento e mercados de atuação, mas nem tudo pode ser tomado ao pé da letra.
Profissionais de vendas de todos os segmentos e mercados – são muitos e diferenciados – têm em comum alguns atributos e qualidades que melhoram o desempenho relacional e aumentam os resultados materiais.
A criatividade operacional – a dimensão inovadora que insere a criatividade na prática diária de pessoas e profissionais – é uma das mais necessárias e infelizmente pouco trabalhadas. Mas aparece eventualmente, como ocorreu com a icônica dirigente do Magazine Luiza.
Eles pegaram o limão da queda no percurso da tocha olímpica e criaram uma agressiva promoção para alavancar as vendas nestes tempos de crise e de tombos. Lado direito, para sacar a conexão, lado esquerdo para fazer acontecer.
A senhora Luiza Helena Trajano, vendedora exemplar, levantou e passou o símbolo olímpico adiante. Temperou o peixe e serviu com limonada à moda da casa.
Alfredo Duarte, professor da Academia de Vendas ADVB.
alfredoduarte@terra.com.br