Roberto Capobianco é homenageado durante FTN ADVB
A última edição do prestigiado Fórum de Temas Nacionais FTN ADVB – Associação dos Dirigentes Vendas e Marketing do Brasil, evento virtual realizado dia 25 de novembro, focalizou a concessão de parques no Brasil, com destaque para o case Ibirapuera e o modelo sustentável de gestão. A apresentação preliminar do empresário Roberto Capobianco, o palestrante; do painelista Samuel Lloyd e demais convidados coube ao presidente da ADVB-SP, Aristides de La Plata Cury. Na moderação, o VP da ADVB e Coordenador Geral do IRES – Instituto ADVB de Responsabilidade Socioambiental, Lívio Giosa.
Capobianco, que é presidente da Urbia e da Construcap, fez um panorama do grupo empresarial que representa, para contextualizar a concessão do Parque do Ibirapuera, formalizada em 2019. “Além do Parque do Ibirapuera, a concessão inclui outros cinco parques de menor porte, na cidade de São Paulo. O cronograma original precisou ser alterado, por conta da pandemia, mas hoje a operação já abrange quatro parques”, explica.
Segundo o palestrante, o desafio exigiu um estudo profundo do projeto, que incluiu sua viabilidade econômica. Prevê um investimento de vulto para modificar, de forma positiva, a percepção que as pessoas têm do Ibirapuera, sua importância para a vida da metrópole, com ênfase no aspecto humano e ambiental.
Aterro zero
“Acessibilidade e inclusão da diversidade são pontos essenciais do nosso projeto. Nossa meta é que 90% do lixo e efluentes gerados pelo parque sejam integralmente reciclados. É o aterro zero. Em pouco mais de um mês de operação, no Ibirapuera, já reciclamos perto de 100 toneladas de lixo”, enumera Roberto Capobianco. E acrescenta que, nos próximos três anos, serão investidos cerca de R$ 90 milhões no complexo. A íntegra da concessão alcança 35 anos.
Outro aspecto inovador do projeto recai sobre a tecnologia da informação. Por meio de aplicativo, baseado em geoprocessamento, uma vez no recinto, o visitante saberá se localizar. E onde estão localizados cada um dos diversos atrativos. Já se definiu a implantação de polos nas áreas cultural, esportiva, gastronômica e de bem-estar. E a entrega superior a 30 mil m² de áreas verdes.
Capobianco conta que o Parque do Ibirapuera vai se transformar em um grande produto cultural, para o Brasil e para o mundo. “Vamos transformá-lo em vitrine de manifestações culturais próprias e das comunidades impactadas pelos outros parques integrantes da concessão. Conexão e protagonismo, para fortalecer os elos e criar uma identidade plural e representativa”, diz.
Parque inteligente
Nesse contexto, o painelista Samuel Lloyd, diretor comercial da Urbia, emenda que o projeto introduz uma visão sistêmica do parque, em conexão com os demais. Ou seja: o novo Ibirapuera, além de preservar e aprimorar o que tem de melhor, enquanto patrimônio da capital paulista, será um parque inteligente. E muito mais amigável às aspirações dos usuários.
No tocante ao polo esportivo, haverá uma reformulação profunda dos equipamentos, como quadras, vestiários e demais componentes da infraestrutura. Samuel Lloyd lembra que foi feita uma pesquisa balizada, que identificou comunidades de praticantes de esportes pouco conhecidos. Exemplo disso são os praticantes do rugby. “As pessoas poderão praticar o seu esporte, tomar seu banho e saírem direto para o trabalho”, acrescenta Capobianco.
Proposta prevê otimizar o tempo hoje ocioso do parque, especialmente das 10h00 às 17h00. Pelo aplicativo, o usuário poderá se agendar de forma mais conveniente e racional, do ponto de vista do horário. E assim, desafogar os horários de pico, tanto pela manhã como no final da tarde.
Escola de música
Lloyd lembra que existe, no Ibirapuera, uma escola de música para 150 alunos, que deverá ser revitalizada e passar a compor os atrativos culturais do parque. Os alunos admitidos recebem uma bolsa, que inclusive beneficia a subsistência de suas famílias. “Nosso objetivo é fazer da escola de música do recinto uma referência distinta para toda a cidade de São Paulo”, observa.
O polo de Bem-Estar contempla práticas recreativas diversificadas, a exemplo do tai chi chuan. Tudo harmonizado, para evitar conflitos na ocupação dos espaços. Já o polo Gastronômico vai elevar a qualidade da oferta de opções saudáveis de comidas, compatíveis com o bolso dos usuários.
No viés propriamente ambiental, o projeto repensa todo o sistema viário do parque, que no passado era aberto e recebia carros, ônibus e caminhões. Boa parte das ruas asfaltadas, hoje desnecessárias, serão removidas ou remodeladas, para se acrescentar mais de 30 mil m² de áreas verdes. Menos impermeabilização do solo e sobrecarga das galerias de águas pluviais.
Energia e segurança
Serão utilizadas placas fotovoltaicas, para geração de energia limpa. E o grande lago, embora não esteja poluído, segundo a Sabesp, deverá ser melhorado como parte de todo o conjunto. As demais instalações, incluindo a famosa Oca e o Planetário, serão reabordadas, para uma verdadeira releitura das funcionalidades do parque. Para aprimorar o sistema segurança, serão instaladas cerca de 400 câmeras, conectadas ao CCO (Centro de Controle Operacional), localizado na Escola de Astrofísica.
A apresentação, compartilhada entre Roberto Capobianco e Samuel Lloyd, seguida de rico debate, fez um tour completo pela estrutura e equipamentos do parque, sempre na perspectiva de como será, em relação ao funcionamento anterior à concessão. Dos espaços para as crianças, em interação com os pais, àqueles destinados aos pets, o novo Parque Ibirapuera desponta como um presente notável para toda a população de São Paulo.
A íntegra da Live, muito esclarecedora, pode ser vista abaixo.