No post anterior, publicado no último dia 16, a tônica foi “se não informar, ignore”. Agora é vez de “se não for simples, descarte; se não for rápido, decline”.
Velocidade – que ora traduz proativade, ora tempo de resposta – é o segundo paradigma decisivo em vendas.
Velocidade acelera o acerto, quando direção e objetivos são conhecidos, mas apressa o erro quando o improviso substitui o planejamento. Aqui, velocidade pode ser, lamentavelmente, fatal.
Essa inevitável dubiedade, porém, não deve inibir a rapidez de identificar problemas e de reconhecer oportunidades, somada à velocidade de implementar as soluções e transformer em negócios bem sucedidos as oportunidades que surgem na antessala da linha do horizonte.
É como se diz por aí: “não é mais o grande que abate o pequeno, é o rápido que ganha do lerdo”.
Profissionais de vendas são dependents de prontidão – a condição de estar sempre pronto e disposto a fazer o que é preciso fazer. Já aconteceu com você deixar o contato ou visita para “uma oportunidade melhor” e depois verificar que, nesse caso, a fila andou?
O terceiro e decisivo paradigma é a opção pelo pensamento objetivo, pela ação simples e não simplória. Não é optar pelo menos, é escolher o meio mais atrativo, o modo mais efetivo.
Simplicidade é ir direto ao ponto, resolvendo com criatividade e eficácia os desafios e problemas do dia a dia, utilizando tecnologia subordinada à relação custo/benefício.
Nos mais diversos processos e interfaces que traduzem as artes da venda, pensar a atuar com simplicidade em oposição à complexidade desnecessária soma pontos na negociação e na construção e manutenção dos relacionamentos.
Conhece alguém que naturalmente resolve logo as coisas e alguém que sempre precisa colocar um “pingo” a mais, um “til” desnecessário?
Vale o pensamento sempre claro e propositivo de Albert Einstein: é importante tornar tudo tão simples quanto possível, porém não mais simples.
Lembra ou sabe como foi a internet antes da interface gráfica do Windows 1.0? Demandava vários conhecimentos técnicos, mesmo para operações simples de texto e cálculo. 20 anos depois, quase tudo é plug e use e aperte e confirme. Não simplório, apenas simples e efetivo.
Alfredo Duarte, professor da Academia de Vendas ADVB.
alfredoduarte@terra.com.br