A lei de Murphy todo mundo conhece e já deve ter feito muitas brincadeiras a respeito: “qualquer coisa que possa dar errado, dará errado no pior momento possível”.
É o caso do pão com manteiga que sempre cai com a face da manteiga para baixo. Já aconteceu com você?
A Lei de Reilly já teve seus momentos de glória. Foi formulada nos anos 1930 por William J. Reilly com base nas compras dos clientes de uma loja de departamentos do Texas, USA, e depois validada por vários outros estudiosos do negócio do varejo.
Simplificando, a lei diz que a atratividade de um negócio varia na razão direta do tamanho e na razão inversa do quadrado da distância. Bem sacado.
Uma grande loja, bem sortida e bem operada atrai mais clientela, mesmo que esta precise se deslocar por um certa distância, mas não numa viagem cansativa ou problemática.
A profusão de shoppings certers, um fenômeno mais recente, pode ter um pé nessa cozinha de Reilly, mas o efeito Mhurphy tem menos a ver com tamanho e geografia e muito, muitíssimo mais a ver com evolução, transformação e tecnologia.
O novo centro universal de compras, com potencial e charme para atrair consumidores em todo o planeta tem menos do que algumas polegadas e está na palma da mão de todo mundo.
Os smartphones tornaram irrelevante o tamanho e insignificante a distância. Os dois lados do pão cairam juntos no chão da mudança, na teia da criatividade tecnológica e na capacidade humana de criar negócios e inventar soluções onde outos só veem problemas.
Só não pode esquecer dos demais aspectos relevantes. Se tamanho e distância são cada vez mais relativos, análise de demanda, eficiência operacional e lógista eficaz são alvos de Murphy e desdobramentos naturais de Reilly.
Alfredo Duarte, professor da Academia de Vendas ADVB.