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Vice-presidente do Conselho Consultivo da ADVB/SP aborda inovação na segurança alimentar com uso da irradiação em artigo no Órgão Oficial do Instituto de Engenharia

O Vice-Presidente do Conselho Consultivo da ADVB/SP, Marcelo Rosemberg, teve artigo publicado no órgão oficial do Instituto de Engenharia, abordando um tema de crescente importância para o agronegócio, a segurança alimentar e a competitividade brasileira: a irradiação de alimentos.

Reconhecida internacionalmente como uma tecnologia segura, sustentável e estratégica para reduzir perdas, ampliar a qualidade dos produtos e fortalecer exportações, a técnica ainda é pouco difundida no país. No artigo, Rosemberg esclarece mitos, apresenta benefícios comprovados e reforça o potencial da inovação para impulsionar o desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil. Confira o artigo na íntegra abaixo:

Síntese Técnica
Irradiação de alimentos

Por Marcelo Rosemberg

A irradiação de alimentos é uma tecnologia segura e reconhecida internacionalmente, utilizada para eliminar microrganismos, parasitas e insetos, retardar o amadurecimento e prolongar a vida útil de produtos agrícolas. É aprovada e regulamentada por organismos como a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), a OMS (Organização Mundial de Saúde) e a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), segundo as normas da Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil).

O princípio de técnica se baseia na redução da carga microbiana por meio da exposição dos alimentos à radiação ionizante. Desde 1953, no programa “Átomos para a Paz”, e em 1983, no Congresso Internacional sobre Irradiação de Alimentos, os benefícios da técnica são reconhecidos. Mais de 60 países já utilizam essa tecnologia para mais de 60 tipos de alimentos, com volumes ainda maiores no Brasil.

Entre os principais benefícios, estão:

  • Controle fitossanitário: elimina pragas e microrganismos, reduzindo perdas e riscos sanitários sem afetar os moléculas do alimento irradiado;
  • Melhoria na saúde pública: diminui contaminações alimentares e internações;
  • Aumento da durabilidade: impede o temido amadurecimento ou deterioração precoce;
  • Maior eficiência econômica: reduz custos com armazenamento, transporte e perdas pós-colheita;
  • Valorização do produto: permite maior oferta de alimentos frescos, tropicais e exóticos;
  • Ampliação de mercados: exportações e acesso a segmentos mais exigentes.

Uma das grandes vantagens da tecnologia é que ela não altera o valor nutricional, sabor ou textura dos alimentos. A técnica é aplicável a frutas, grãos, carnes, especiarias e outros produtos.

Embora a irradiação seja uma solução comprovadamente eficaz e segura, seu uso ainda é limitado no Brasil, especialmente por falta de informação e por mitos associados ao termo “radiação”, que geram resistência do consumidor. No entanto, trata-se de uma tecnologia limpa, sem resíduos, com eficiência comprovada há décadas.

Em um país como o Brasil, que enfrenta desafios de desperdício alimentar, insegurança nutricional e perdas na cadeia de distribuição, a irradiação pode ser uma aliada estratégica para agregar valor e qualidade à produção de alimentos — com volumes ainda maiores no Brasil.

Nota do autor:

Marcelo Rosemberg é engenheiro civil, Vice-Presidente do Conselho Consultivo da ADVB/SP, consultor técnico e foi diretor da CITI Engenharia de Projetos e da SBG Engenharia e Consultoria Estratégica.

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