HomeRECONHECIMENTOO Setor de Eventos unido vai à luta!

O Setor de Eventos unido vai à luta!

Está no DNA da ADVB realizar eventos. São neles que se viabilizam sua missão, desde 1956. O relacionamento entre associados e o mercado é impulsionado por meio de Fóruns de Temas Nacionais, durante cafés da manhã. O mesmo ocorre com o reconhecimento às Personalidades de Vendas, durante descontraídos, mas marcantes almoços; nos concorridos prêmios anuais Top de Marketing, Top de Sustentabilidade e Top Destinos Turísticos, realizados em prestigiados espaços da cidade, a exemplo dos mais recentes realizados no Buffet Colonial, Expo Center Norte, Hotel Maksoud, Memorial da América Latina; Palácio dos Bandeirantes, Hotel Terras Altas Resort & Convention Center, WTC Events Center, entre outros.

Ao longo da história, empresários e dirigentes desses espaços se tornaram muito mais que fornecedores. São relevantes parceiros da ADVB na consecução dos objetivos que unem marketing e eventos há 64 anos.

Encontro com Ministro do Turismo

Nesta quinta-feira, o vice-presidente da ADVB e recém empossado presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, Sergio Junqueira Arantes, também publisher da Revista Eventos e Fórum Eventos, realizou uma teleconferência com o Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. A inciativa mobilizou a participação dos 11 presidentes das entidades da indústria de eventos: Alexis Pagliarini (Ampro), Anita Pires (Academia), Armando Mello (Ubrafe), Doremi Caramori (Abrape), Elza Tsumori, vice-presidente da ADVB (ForEventos), Fátima Faccuri (Abeoc), Leila Bueno (Abrace), Paulo Ventura (CCC), Pedro Guimarães (Apresenta), Ricardo Dias (Abrafesta) e Toni Sando (UneDestinos).

Sérgio Junqueira Arantes, Vice-Presidente da ADVB e idealizador do encontro.

Ao abrir a reunião, Sergio Junqueira expôs ao Ministro e à assistência formada por cerca de 5.000 profissionais nas redes sociais Facebook, Youtube, Instagram e no Portal Eventos, a importância socioeconômica do setor. Antes da crise, movimentava R$ 936 bilhões e, gerava 25 milhões de empregos com mais de 590.000 eventos realizados anualmente – os quais dão acesso a milhões de brasileiros ao conhecimento especializado. Com ração, Junqueira enfatizou que os eventos são a maior universidade do mundo.

Na continuidade, Junqueira também lembrou que a Indústria do MICE²+FDT (Meeting, Incentive, Congress, Exhibition, Experience, Festivalization, Digital and Tourism) é composta por milhares de venues (centros de convenções, pavilhões, espaços para eventos, hotéis e resorts), espalhados por todos municípios do país. Afinal, milhares de feiras são responsáveis pelo escoamento de mais de R$ 300 bilhões da produção industrial, da agropecuária e dos serviços em todo Brasil.

Finalizando, Junqueira pediu “atenção para dois números, retirados do último Dimensionamento Setorial, que indicam que cada um dos mais de 590.000 eventos propicia, em média, de 9,3 empregos e a existência de mais de 10.000 venues no Brasil, com média de 220 empregos cada.

Considerando que TODOS os eventos estão suspensos e a notícia de que 10% das venues já encerraram atividade, ou seja, FECHARAM, “temos mais de 300.000 desempregados pelas venues, até agora. E cerca de 5 milhões de trabalhadores sem eventos para trabalhar, nos 42 segmentos que dependem deles para viver”, destacou Junqueira.

Plano de socorro

Em sua fala inicial, o Ministro reiterou a preocupação com o que definiu ser “a maior crise já enfrentada pelo Turismo, Cultura e Entretenimento na história”, reiterando que desde o primeiro dia buscou manter diálogo constante com as principais associações do turismo nacional. “Buscamos moldar o melhor plano de socorro para o setor, com objetivo, desde o início, de evitar o desmonte do setor; para que, em breve, tenhamos uma retomada mais eficiente”, resumiu.

Para isso, o Ministério estruturou um plano com três vertentes. A primeira refere-se aos contratos de trabalho. Marcelo Antonio lembrou que cerca de 40% do custo de um hotel é decorrente da sua folha de pagamento e, para evitar o desemprego em massa, foi necessário criar um mecanismo para garantir esses empregos. “E, mais do que isso, a sobrevivência dessas empresas”, disse, complementando que por conta disso, “editamos rapidamente uma MP para possibilitar que as empresas pudessem fazer a suspensão dos contratos de trabalho com a redução gradativa dos salários. E o Governo fazendo a complementação por meio do seguro desemprego. O Ministério da Economia preferiu não setorizar o socorro e sim fazer algo mais abrangente, mas aproveitou nossa sugestão”, revelou.

O Ministro acrescentou ainda que, “a segunda vertente preocupou-se com a relação das empresas com os consumidores, que já haviam adquirido ingressos para eventos e pacotes turísticos. Tínhamos que evitar uma judicialização em massa dos consumidores, em busca do imediato reembolso do serviço adquirido. Junto com o ministro Moro, elaboramos uma MP autorizando as empresas a fazerem esse ressarcimento no prazo de 12 meses, após o término da Pandemia, ou na forma da prestação do serviço ou a devolução do dinheiro, mais uma vez preservando empregos e garantindo a sobrevivência das empresas, sem prejudicar o consumidor”.

O Ministro aproveitou para incitar as empresas que se inscrevam no site www.consumidor.org.br, que serve como uma câmara de conciliação entre as empresas e consumidores que já conseguiu resolver mais de 80% dos casos submetidos ao seu escrutínio.

A terceira vertente refere-se às linhas de crédito, “no Fungetur, por exemplo, que tem R$400 milhões disponíveis, conseguimos via Portaria diminuir os juros de 7% para 5%, aumentando o prazo da carência de 6 para 12 meses. Também no BNDES e na CEF estamos trabalhando para que atendam de forma mais eficaz desde a Mei até a grande empresa”.

Outras demandas

Na sequência, Elza Tsumori, presidente do Forum Nacional de Entidades do Setor de Eventos, que congrega mais de 20 entidades do segmento, pontuou “a importância de as linhas de crédito oferecidas, tanto para a folha de pagamento como para capital de giro, efetivamente cheguem na ponta. Na verdade, os recursos disponibilizados pelo Governo estão empossados nos Bancos, que exigem garantias inviáveis para micro, pequenas e médias empresas, e menos ainda para as meis”. Para que os processos fluam, Tsumori solicitou que o Ministro seja o embaixador do setor junto ao Ministério da Economia”.

Sergio Junqueira Arantes, vice-presidente da ADVB, solicitou a criação de um Comitê de Eventos, no âmbito do Ministério, para ajudar o Ministro na melhor consecução do proposto pela Elza Tsumori. E, também, das pautas que foram apresentadas pelos demais presidentes de entidade que participaram da teleconferência.

A proposta foi imediatamente aceita pelo Ministro Marcelo, que determinou, no ato, à sua assessoria, a criação do Comitê. Prometeu que na próxima semana a medida estará implementada.

Na sequência, Doreni Caramori, presidente da Abrape, salientou a necessidade de se iniciar o planejamento da retomada dos eventos. Tema também foi abordado por Fátima Facuri, presidente da Abeoc, que aduziu ser preciso a implementação de protocolos sanitários que assegurem aos participantes nos eventos a garantia da preservação de sua saúde. E que as entidades do setor sejam protagonistas do processo de formulação destas medidas, daí a importância da criação do Comitê de Eventos proposto por Sergio Junqueira.

Paulo Ventura disse que a criação dos protocolos são fundamentais para que o público volte a ter confiança que sua vida não corre perigo nos eventos. Caramori salientou a necessidade de normas nacionais para evitar que eventos realizados em vários estados tenham que obedecer a diferentes exigências.

Fátima Facuri também pleiteou a ampliação do prazo das medidas trabalhistas, dada a insuficiência os atuais 60 dias previstos na MP. Sustentou que o andamento da crise indica que o problema persistirá por bem mais tempo. Armando Campos Mello, decano do Grupo, que tem negociado com o Governo desde o tempo do ministro Camilo Pena, nos idos de 1980, disse que jamais o setor de eventos foi lembrado na formulação de campanhas promocionais. Considerando sua importância econômica e estratégica no desenvolvimento comercial do país, solicita que o Ministério promova campanha para promoção da indústria de eventos brasileira.

Em resposta ao primeiro bloco de questionamentos, o Ministro concordou que “os bancos estão dificultando a concessão de crédito, com exigências desproporcionais, com receio da inadimplência decorrente da crise e a falta de garantias das empresas do setor. Para permitir que esse crédito chegue na ponta, estamos trabalhando para capitalizar o Fungetur, aumentando de R$400 milhões para R$5 bilhões. Desse montante, R$4 bilhões serão destinados para crédito de empresas do setor e R$1 bilhão a um Fundo Garantidor que compartilhará o risco dos bancos na concessão dos empréstimos, dispensando as empresas de oferecer garantias para obter empréstimos com fundos do Fungetur”.

O Ministro também se mostrou sensível à necessidade de uma campanha promocional específica para o setor de eventos, no momento da retomada dos negócios. Nesse sentido, também é muito importante a aprovação, que deve acontecer na semana que vem, da MP que vai transformar a Embratur em agência. “Vocês precisam trabalhar suas bases legislativas, para essa MP seja aprovada”, alertou.

Paulo Ventura, representante dos centros de convenções, levantou uma questão que está afligindo o setor em todo país. “Tradicionalmente, os centros de convenções contratam junto à companhia elétrica uma banda de energia baseada nos seus picos de consumo, uma vez que, se ultrapassarem a banda contratada, pagam multas altíssimas. Proibidos de trabalhar desde meados de março e, ainda, sem perspectivas de quando voltarão à atividade, os centros estão sendo obrigados a pagar uma energia que não estão consumindo. O pleito é que, nesse período, a cobrança seja pelo efetivo consumo, como acontece com as demais empresas”. O Ministro respondeu que a questão já está sendo discutida com o Ministério de Minas e Energia e a Aneel e no decorrer da semana que vem, espera estar tudo resolvido.

Os dirigentes reunidos também propuseram a criação de um programa de Fomento à Cadeia de Valor de Eventos – MICE – Meeting, Incentive, Congress e Exhibition), tais como: 

   • O patrocínio de empresas públicas aos eventos associativos e proprietários promovidos por entidades de classe.

   • Agilizar a publicação de editais, por parte de órgãos de fomento à pesquisa (CNPq, IPEA, etc.) para eventos. E que, tão logo seja liberada a execução, sejam contratados os eventos que tiverem mérito e liberada verba para pagamento.

   • Com o mesmo intuito de fomento do setor, ações concretas na área da Cultura, Entretenimento e Esporte, utilizando os mecanismos já existentes na Secretaria da Cultura.

   • Liberação do Fundo Nacional da Cultura para apoio aos projetos culturais e adequação da nova IN da Lei da Cultura. Preocupação com as Novas Regras para os diversos cenários na Retomada.

Antes de o Ministro fazer o encerramento da Teleconferência, Sergio Junqueira, vice-presidente da ADVB, reiterou a importância da indústria que antes da crise movimentava R$936 bilhões e gerava 25 milhões de empregos. Hoje, há mais de 300.000 desempregados e cerca de 5 milhões sem trabalho.

O Ministro Marcelo Antonio finalizou os trabalhos colocando fé e assumindo o compromisso de vencermos juntos. “Eu quero vencer junto com vocês. Esse Comitê precisa ser criado. Quero que este Ministério seja a voz de vocês. E isso eu garanto. Vamos trabalhar juntos. Vamos vencer juntos”.

Elza Tsumori – Presidente do ForEVENTOS e Vice-Presidente da ADVB

Próximos passos

Para consolidar as relevantes conquistas junto ao Ministério do Turismo e outras instâncias federais, sob inspiração do Presidente do Conselho Consultivo da ADVB Latif Abrão Jr., três ações são necessárias. Primeiro, é preciso cobrar. Segundo, é preciso cobrar. E em terceiro lugar, cobrar as providências aprazadas. Todos concordaram em permanecer mobilizados e sob a coordenação do ForEVENTOS.

Sobre a ADVB – Em 2020, a ADVB® completará 64 anos e é uma referência para a gestão empresarial no país, ao oferecer opções ricas e diversas para o relacionamento e aperfeiçoamento profissional de quem atua nas áreas de vendas e marketing e na direção das empresas. Cursos, palestras, fóruns, debates e eventos de premiação reúnem personalidades públicas e do mundo corporativo, propiciando ferramentas que auxiliam no desenvolvimento de estratégias de gestão das organizações.

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