A pandemia atingiu seu auge e governadores e prefeitos decretaram diversas medidas de restrições a atividades econômicas e sociais.
Já estamos há mais de um ano imersos em uma pandemia que já levou a vida de mais de 330 mil brasileiros. Por vezes, temos a impressão de que a situação atual é definitiva e que viveremos da maneira atual para sempre. Em sua apresentação durante o 16º Esfe, no entanto, Toni Sando usou fatos e recorreu a história para demonstrar que bons ventos voltarão a soprar e que a indústria do Turismo e dos eventos terá tempos prósperos pela frente.
“Precisamos aprender um pouco com a história. Não é a primeira pandemia que nos atinge e não será a última. Não precisamos muito de futurologia para saber o que vai acontecer. Temos fatos e um pouco da história, que mostra como a humanidade sobrevive a cada situação”, resumiu o presidente da Unidestinos. “Entre todas as incertezas que o mercado vive hoje, há pelo menos uma certeza: os desafios sempre são superados. A pandemia irá passar, a vacinação, uma hora, será plena, a economia voltará a aquecer e as pessoas voltarão a se encontrar”, complementou.
O governo federal, que poderia ter evitado o agravamento dessa tragédia importando vacinas em tempo oportuno, e consequentemente salvado empresas e empregos, continua ausente, ou errático, mudando ministros e opiniões conforme o astral do presidente.
Sobre a história, Sando lembrou da pandemia da chamada Gripe Espanhola, que assolou o mundo em 1918 e 1919. Embora as notícias não fossem rápidas como atualmente, o resgate feito pelo executivo mostra que o Rio de Janeiro se tornou um grande hospital e que as pessoas iam às ruas aguardar carroças para recolher os corpos. “Foi um grande arraso para o mundo todo. Foi desastroso. Para se ter uma ideia, o presidente eleito que assumiria seu segundo mandato, Rodrigues Alves, morreu pelo vírus”, recordou.
E o que aconteceu depois disso? De acordo com Sando, assim que a pandemia acabou, as pessoas foram às ruas com muita euforia, o que impulsionou a volta à normalidade. “O Carnaval do Rio de Janeiro de 1919 está marcado até hoje como um dos melhores da história porque a população saiu entusiasmada para celebrar a vida”, contou.
O período pós pandemia, lembrou Sando, também foi próspero no que diz respeito a criatividade e avanços culturais. Ele usou como exemplo a Semana de Arte Moderna de 1922, que trouxe importantes avanços à sociedade. “O que a história mostra sobre as pandemias é que quando as vivemos, parecem eternas. Já tivemos Varíola, Malária, Peste Bubônica, Sarampo, Gripe e Ebola. Percebemos que a humanidade já sobreviveu a muitas delas e o entusiasmo, otimismo e excitação do pós-pamdemia moveu o mundo para frente com a vontade de viver”, destacou.
Toni Sando afirmou que após tanto tempo de confinamento e restrições fará com que as pessoas queiram viajar, festejar e se socializar quando isso for possível. O Turismo, então, será um dos setores beneficiados. “O Brasil nunca teve uma oportunidade maior do que essa para fazer com que o brasileiro conheça o Brasil. Ele é inexplorado do ponto de vista do Turismo doméstico. Depois, que venham nossos vizinhos, os americanos, europeus e todo mundo que terá o direito de viajar”, afirmou.
O dirigente lembrou ainda que os Conventions Bureaux já estão trabalhando na captação de eventos para 2022, 2023 e 2024 – o que demonstra um movimento para a volta dos eventos em breve. Há ainda em 2022, o centenário da Semana de Arte Moderna, o bicentenário da Independência e a Copa do Mundo. “A partir de 2022 não teremos uma retomada, teremos um renascimento”, finalizou.
Fonte: Mercado & Eventos, dia 7 de abril de 2021, por Anderson Masseto