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6G promete transformar a conectividade em algo ainda mais inteligente

Em entrevista exclusiva para Nily Geller, Conselheiro da ADVB, o Engenheiro Wilson Cardoso, Ph.D. pelo MIT, fala sobre o 6G, a próxima geração da Telefonia Celular.

A cada nova geração da Telefonia Celular são introduzidas novidades que impactam tanto as operadoras quanto os usuários.

Nessa entrevista o Doutor Wilson nos revela o que esperar dessa vez.

Afinal, quais são as novidades disruptivas do 6G que farão com que as operadoras invistam pesadamente na nova geração, enquanto ainda esperam recuperar os investimentos aplicados nas redes de 5G?

E o que atrairá os usuários para trocar os seus celulares com 5G por um com 6G?

Vamos a entrevista:

O que se pode esperar de novidades práticas do 6G para as operadoras e usuários?

O 6G promete transformar a conectividade em algo ainda mais inteligente, rápido e integrado ao cotidiano. Para as operadoras, isso significa redes com maior eficiência energética, capacidade de auto-organização e otimização contínua por meio de inteligência artificial nativa. Elas poderão oferecer serviços mais personalizados, com menor custo operacional e maior previsibilidade de demanda.

Para os usuários, o 6G trará velocidades de conexão muito superiores ao 5G, com latência praticamente nula, permitindo experiências imersivas como realidade estendida (XR), holografia em tempo real e interações digitais hiper-realistas. Além disso, a conectividade será verdadeiramente ubíqua — mesmo em áreas rurais, subterrâneas ou em movimento, como trens de alta velocidade e aviões.

A conquista da ubiquidade pelos usuários até o 5G pode ser perdida no 6G devido a especificações divergentes entre os países?

Existe esse risco, sim. A ubiquidade conquistada com o 5G — ou seja, a capacidade de estar sempre conectado — pode ser comprometida se os países adotarem especificações técnicas muito diferentes para o 6G, como faixas de frequência incompatíveis ou padrões de rede distintos. Isso dificultaria a interoperabilidade global, especialmente para dispositivos móveis e aplicações que dependem de roaming internacional.

No entanto, há esforços coordenados por organismos como a ITU (União Internacional de Telecomunicações) e parcerias entre blocos econômicos para harmonizar os padrões do 6G. A colaboração internacional será essencial para garantir que a conectividade global continue fluida e universal.

Como garantir a segurança cibernética das operadoras e dos usuários do 6G considerando que esse sistema será auto evolutivo com a Inteligência Artificial nativa?

A segurança no 6G será um desafio complexo, pois a rede será auto evolutiva, ou seja, capaz de aprender e se adaptar continuamente com base em IA. Para garantir proteção, será necessária:

Auditoria constante da IA: sistemas de inteligência artificial devem ser transparentes e supervisionados por humanos, com mecanismos de explicabilidade.

Padrões globais de cibersegurança: protocolos unificados e atualizados para autenticação, criptografia e gestão de identidade.

Tecnologias como blockchain: para garantir integridade e rastreabilidade de dados.

Defesas adaptativas: IA de segurança que detecta e responde a ameaças em tempo real, aprendendo com novos ataques e ajustando suas estratégias automaticamente.

A confiança será construída com governança robusta, educação digital e colaboração entre governos, empresas e sociedade civil.

Indo além do 6G que já é projetado com IA nativa, o que se pode imaginar para o 7G em diante?

O 7G e as gerações seguintes devem ultrapassar os limites da conectividade tradicional, entrando em um campo de integração profunda entre humanos, máquinas e ambientes. Algumas possibilidades incluem:

Redes conscientes do contexto: capazes de entender o ambiente, o comportamento e as intenções dos usuários para antecipar necessidades e oferecer serviços proativos.

Interfaces cérebro-máquina: conectividade direta com o sistema nervoso, permitindo controle de dispositivos apenas com o pensamento.

Comunicação quântica: uso de princípios da física quântica para transmissões ultrarrápidas e seguras, com resistência a interceptações.

Infraestrutura invisível: redes que se adaptam automaticamente ao espaço físico, sem necessidade de antenas visíveis ou dispositivos intermediários.

Essas tecnologias exigirão novos paradigmas éticos, regulatórios e sociais, pois estarão profundamente integradas à vida humana.

 

 

Wilson Cardoso é Engenheiro com mais de 40 anos de experiência, PhD pelo MIT e membro ativo do IEEE. Detentor de 2 patentes internacionais. Diretor do DEINFRA da FIESP e Diretor do Grupo Setorial de Telecomunicações da Abinee e atualmente traz toda a sua experiência para o Senai.

 

Nily Geller é Engenheiro Eletrônico formado pela PUC RJ com larga experiência no setor de telecomunicações, atualmente VP da FBM – Fundação Brasileira de Marketing, Conselheiro da ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil e Sócio Diretor da Janar Engenharia.

 

 

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