HomeADVB5 pontos que influenciam a Crise em Vendas - Parte 2

5 pontos que influenciam a Crise em Vendas – Parte 2

por Marcelo Salvo

No post anterior iniciamos essa reflexão abordando o primeiro dos cinco pontos, Ego. Agora, mais dois dos 5 pontos que durante 30 anos me deparei e que se tornaram em alguns momentos uma crise interna muito maior do que encontrávamos lá fora.

2 – Meta – Somos movidos e cobrados por metas. Antes eu enxergava de forma diferente a palavra “META”, talvez pelas minhas experiências não tão boas com ela, mas hoje sem dúvida acredito nela como uma forma motivadora e norteadora de resultados. Precisamos, como seres humanos, de cobrança em forma de orientação, aconselhamento, desenvolvimento e capacitação. A meta desde que seja bem construída e comunicada pelos líderes e pela organização, transforma positivamente qualquer equipe e empresa.

Não acredito em metas distintas dentro da mesma organização, acredito em compartilhamento de resultados, e por isso, todos precisam saber que teremos sucesso se a área comercial atingir a meta X, e para que ela consiga, os outros setores precisam chegar à meta Y, ou seja, se as metas dentro da mesma organização não estiverem atreladas, dificilmente teremos equipes unidas no mesmo sentido, buscando caminhos iguais, assim sendo, algumas equipes atingirão os resultados e outras não.

Já vi metas de liberação de crédito e faturamento no setor financeiro, que iam totalmente contra a meta do comercial para novos negócios. Como pode a área comercial receber premiação por atingir metas e os outros setores da empresa não? Alguma coisa está errada e tem a ver com planejamento estratégico.

 

3 – Comunicação – Fico pensando por que se torna tão difícil se comunicar no mesmo idioma, dentro da mesma empresa, com objetivos únicos e fazendo o que gostamos?

Porque nem tudo isso é verdadeiro. Por exemplo, falamos o português, muitas vezes não tão certo como deveríamos, mas esse é o nosso idioma, mesmo assim, insistimos em inserir no vocabulário do dia a dia o inglês. Em minha opinião, para falar inglês dentro da organização precisaríamos nos certificar que todos entendam o que está sendo dito e não se trata de ser mais ou menos inteligente ou ignorante, nem de ser uma obrigação de todos, mas se trata de precisar ou não, por exemplo, uma sugestão ou um comentário com palavras pouco conhecidas pelo público, técnicas demais, deixa as pessoas sem entender o sentido do que foi falado e isso é falha na comunicação.

Uma das minhas estratégias, quando trabalhei em uma empresa fabricante de argamassa, foi interagir com a linha de produção, primeiro porque eles achavam que o pessoal do comercial só pedia o impossível e outra coisa é que precisávamos melhorar a comunicação entre as áreas, então nada melhor do que jogar futebol juntos e misturados, lá falamos a mesma linguagem, os mesmos palavrões, criamos as mesmas estratégias e buscamos a mesma coisa, o GOL.

Foi assim que conseguimos triplicar o faturamento da empresa em apenas 8 meses, fazendo todos entenderem sua importância e os motivos das solicitações.

Fazemos o que gostamos? Lógico que a maioria não, pesquisas mostram que no mundo apenas 6.000.000 de pessoas fazem o que gostam, esse número é muito pequeno em relação ao volume de pessoas mundialmente falando.

Os objetivos são únicos? Como eu disse no tópico anterior, infelizmente em muitas empresas ainda não.

A comunicação eficaz em todas as empresas no Brasil, seja pequena, média ou de grande porte, ainda é utópica, os líderes não se certificam de ter passado a informação correta e que as equipes tenham assimilado a informação. Pares não conversam, aliás, traçam estratégias individualmente em busca de atingir o sucesso sozinhos.

Equipes travam pequenas ou grandes batalhas com as outras, não se colocam na posição da outra, ignoram o fluxo do processo e onde elas poderiam se ajudar para que tudo melhorasse.

Comunicação é olho no olho, é perguntar se aprendeu, se entendeu, se pode ajudar em algo, é negociar a entrega de um trabalho ou projeto. Sem isso, continuaremos com constantes falhas na comunicação.

Marcelo Salvo, Consultor de T&D na Atitude Profissional
atitudeprofissional@atitudeprofissional.net

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