Acompanhando outro vendedor, fomos a um atacadista de materiais de construção. Já era a quarta vez que o Sr. Alberto, responsável pela loja, inventava uma desculpa e não o atendia.
Chegando lá, a secretária avisou que ele estava com um cliente e demoraria perto de uma hora.
– Vamos embora, já sei que depois vai pedir desculpa e não nos atender, concluiu Rogério, o vendedor.
– Rogério, vamos aproveitar para dar uma volta pelo depósito.
– Se você quiser ir, tudo bem. Vou aguardar aqui.
Fui. Percorrendo a loja perguntei ao encarregado porquê tal marca de ladrilho estava incompleta. Disse-me que mais cedo uma construtora tinha comprado quase todo estoque. No setor de pisos, aconteceu a mesma coisa e a mesma resposta.
Voltei para a recepção e pouco depois o Sr. Alberto saiu como o cliente. Na sequência, lamentou e disse que não poderia nos atender.
– Sr Alberto, tudo bem. Apenas uma coisa, se não nos der 10 minutos o senhor vai perder mais de Cem mil Reais e vários clientes, eu provoquei.
– Como assim?
– Podemos entrar e conversar?
–Entrem… Se expliquem.
– Estive no depósito. Se chegar algum cliente procurando tal ladrilho, o senhor não tem. Se procurar tal piso, o senhor não tem. Se procurar tal tipo de telha, o senhor não tem.
Conclusão, o cliente vai procurar em outro depósito. O senhor vai perder o dinheiro da venda e o cliente para um concorrente.
Alberto , pelo telefone, chamou o encarregado que confirmou o que eu havia dito.
Para ser breve: saímos da loja com um pedido de mais de Cem mil Reais!
Por Edmundo Vieira Cortez
